A espera...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Não receies, meu Amor… a nossa hora está para breve… já falta pouco… lembra-te daquele momento, quando o sol se punha lá ao longe e o teu olhar foi tão intenso que por momentos me esqueci que existia um mundo à nossa volta…
Espera por mim… longos foram os dias, longos foram os meses de espera, agora peço-te eu, espera por mim…
Voltarei antes que o sol se ponha, antes que a noite te cubra de silêncio e frio… voltarei e o meu abraço irá proteger-te como um escudo de calor, um escudo que te irá livrar de toda a solidão, de toda a dor que o mundo te possa causar…

Esquece o tempo, ignora todos os minutos, todos os segundos, porque o tempo é relativo, e todo o tempo é insignificante perante todo este Amor que guardo no meu peito… não te leves pelo receio de uma espera em vão… eu voltarei, meu Amor, prometo-te que voltarei, e com o tempo verás que na verdade nunca cheguei a partir, pois estive sempre junto a ti, dentro do teu coração, assim como tu estiveste e estarás sempre no meu…

Let me fall...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Deixa que eu pare de respirar, deixa que eu pare de sentir, deixa que eu morra… sim, deixa que eu morra, deixa-me sentir o frio da morte, pois sei que até o meu gélido corpo morto, será mais quente que a gélida e inútil da minha alma.

Sim, a inutilidade desta alma… esta alma que negligenciou o coração e o tornou apenas mais um pedaço de carne amontoada à restante, que a única função é bombear o meu sangue, apenas para que eu possa permanecer-me viva. Mas de que me vale estar viva, se por dentro estou morta? De que me vale um coração, se este bate sem sentimentos, sem emoção alguma… de que me vale este corpo, se a inútil da minha alma continua a corromper tudo o que poderia trazer novamente sentimentos a este despedaçado coração?

Então deixa que eu caía, deixa que eu rasteje, deixa que eu permaneça sem vida na escuridão, para que depois eu sinta um pouco de felicidade a correr-me pelas veias só por levantar a cabeça… e se eu a levantar corta-ma, pois nesse momento não serei merecedora de sequer um olhar teu.

Waiting...

Haverá maior silêncio? Maior tempestade? Maior dor? Haverá pior sentimento que aquele que sentimos quando perdemos alguém que Amamos, nem que seja por alguns segundos?Haverá maior desgosto do que a sua ausência?... Do que a sua partida sem o nosso consentimento, sem a sua previsão?…

É dor que nos arrasta, é dor que nos despedaça, dor que nos corta o coração vezes e vezes sem conta, até desejarmos não mais desejar… até ao dia que andamos, caminhamos, mas sem vida, sem alma…Haverá maior tortura do que a espera….

Aquela estúpida esperança que não nos deixa desistir, que não nos deixa virar costas, que nos mantém firmes como um escudo, onde apanhamos com todos os destroços do que já foi, do que já não é… e sangramos, sangramos sem parar, sangramos porque as lágrimas já secaram, porque já nem forças temos para estancar a ferida… e sangramos e esperamos que chegue o dia que o sentimento morra, mas no final quem morremos somos nós…

 
by TNB